Apresentação de dança e música no Projovem no CATRU

Desculpem a demora para atualizar o blog, a falta de tempo foi o responsável pela ausência de notícias do que anda rolando no coletivo CATRU, mas agora atualizarei mais vezes!!

Muita coisa aconteceu desde a ultima postagem, novos jovens entraram e saíram do coletivo, eu fiquei sem máquina fotográfica e não tive como registrar muita coisa que passou, mas com a ajuda de algumas pessoas consegui registros da atividade de hoje que demorou um tempinho pra que ficasse pronto! Foram várias semanas ensaiando, pensando formas de nos apresentar e tudo mais.

No CATRU acontecem alguns cursos do PAIF, como os de culinária, pintura em madeira, bordado em chinelo, maquiagem e etc. Hoje foi um evento feito pra fazer a entrega dos certificados de conclusão de curso, então já que haveria muita movimentação, decidimos preparar algumas apresentações.

(Alan e eu to cando "Valeu Amigo" do MC Pikeno e Menor)

As novas participantes do coletivo Tamires e Tainara deram a ideia de fazer uma dança com a música da Wanessa chamada "shine it on "que elas já sabiam a coreografia e então dei a sugestão que elas ensinassem a dança para o restante das pessoas que quisessem apresentar também, e não é que deu certo?!?!?! Deu e muito! As meninas Ana Carolina e Camila toparam participar, mas a Bruna e o Alan não.

(Camila, Ana Carolina, Tamires e Tainara dançando)

Foi então que pensei em uma outra apresentação com música em que todo mundo participaria. O Alan sempre demonstrou interesse em aprender a tocar instrumentos pois ele gosta muito de rock, mas o que tocamos não foi um rock, foi a música "valeu amigo" do MC Pikeno e Menor que cantam funk mas que tem esta música que é violão e voz, adaptamos para guitarra e o baixo, ensinei em 1 semana a música e o Alan conseguiu aprender.

No fim deu tudo certo, e o mais interessante que consegui despertar o senso de responsabilidade que os jovens tem quando fazem um compromisso e tem a tarefa de cumprir da melhor forma possível!

O mal do cigarro

O mês de Maio é o do combate ao fumo, exatamente no dia 31. Para
trabalhar este tema de extrema importância, é precioso mostrar para os
jovens o que de fato o cigarro traz e quais são seus malefícios para a
saúde do ser humano.

Assistimos um vídeo e confeccionamos cartazes sobre o mal do cigarro no corpo e na vida.

Pensando nisso que passei três
vídeos pequenos sobre o tema para mostrar o quanto o cigarro tem
substâncias perigosas e como não vale a pena fumar.

Segue abaixo um dos vídeos que passei:

Gentileza gera gentileza

A frase "gentileza gera gentileza" ficou popular depois de graças a José Datrino, mais conhecido como "Profeta Gentileza" viveu no Rio de Janeiro, ele viveu nos anos 80 e pintou em muitos viadutos a frase famosa.

Foi pensando nisso que passei um breve vídeo mostrando uma corrente do bem que pode existir se as pessoas forem solidárias e gentis, reforça também a visão de que vivemos em sociedade e precisamos um do outro para viver, então se vivermos de forma solidária as coisas se tornam mais fáceis!

Confira o vídeo que passei para eles:

Se os jovens gostam de Funk, então vamos falar sobre o Funk!!!!

Posso dizer que 90% dos jovens que compõe o Coletivo do CATRU amam o funk. É um estilo que faz a cabeça da garotada e não tem como não falar sobre o assunto, é algo que faz parte do mundo deles, não exite outra forma de trabalhar atividade socioeducativas falando de coisa que não são da realidade dos jovens.

No entanto, estes não tem uma visão histórica de algo que eles tanto gostam, não sabem como as coisas aconteceram e a importância de outros estilos que influenciaram o funk, é necessário contextualizar a realidade do jovem pra se pensar em orientação.

Foi então que pesquisando na minha casa sobre a história do funk que achei um documentário ótimo que coloca não só a questão musical, mas também a social e a política na origem do funk, antes como mistura entre jazz e soul music que carregava questões da luta do movimento negro no mundo e sua representatividade nos espaços, até chegar ao funk de Miami feito de forma eletrônica que foi o que mais influenciou o funk carioca, até chegarmos nos funks proibidões e pornográfico que trouxeram prejuízo para a cultura funk de periferia, no entanto neste mesmo contextos existiram sub-gêneros dentro do funk que falavam das dificuldade de se viver na favela e de ser pobre.

Atualmente o funk ostentação tomou conta das periferias e da cabeça da molecada, apesar do documentário não falar a respeito, discutimos pon tos negativos e positivos do funk ostentação, positivo: mostra que o jovem negro, pobre e favelado por meio do funk consegue atingir um patamar de nível de consumo maior do que as classes dominantes, isso meche muito com a auto-estima destas pessoas que até então era baixa. Ponto negativo: influencia os jovens que não conseguem atingir este sucesso pelo funk a querer ter um nível de consumo que está totalmente fora do seu alcance, influenciando alguns jovens a roubar para ter roupa, calçado, carro de marca para conseguir atingir o status quo, colocando também o jovem numa situação em que ele vale pelo que ele tem e o quanto consegue consumir e não o valor de ser quem ele é, ter características boas como honestidade, respeito ao próximo, caráter, etc...

Os pontos levantados sobre o funk ostentação foram mais negativos do que positivos, apesar dos jovens ainda gostarem do estilo. Mas é sempre importante pensar o que se escuta!

Segue o documentário sobre o funk:

Diferença entre Assédio x Elogio

Um dia comum como todos os outros dias, com atividades socioeducativas com os jovens onde eles terminaram mais cedo tudo o que era para ser trabalhado, liberei os jovens para fazer atividade esportiva na quadra em frente ao CATRU.

Foi então que três meninas passaram próximo a quadra e os meninos começaram a mexer com elas gritando para chamar atenção de forma grosseira. Pedi para que voltassem para a sala na mesma hora, achei muito desrespeitoso. Dentro de sala questionei os jovens o porquê do ato deles, um dos jovens respondeu "elas estavam de short jeans curto, elas queriam ouvir aquilo". Fiquei chocada com a resposta do jovem.

Coincidentemente na mesma época saiu a pesquisa feita no sudeste e no sul do Brasil do IPEA falando sobre a culpabilização de vítimas de violência sexual, num primeiro momento disseram que 65% das pessoas achavam que mulher com pouca roupa merecia ser atacada, mas logo houve uma correção de que na verdade eram 26% que concordavam com a afirmativa, no entanto 58,5% acreditam que se as mulheres soubessem se comportar não seriam estupradas. Este dado mostra claramente que ainda existe culpabilização das mulheres que sofrem assédio e estupro.

Existe uma pesquisa também feita pela jornalista Karine que escreve no blog "Think Olga" em que 8.000 mulheres foram entrevistas e descobriu-se que das entrevistadas 83% não gostam de cantada e 17% gostam. Os locais que mais ocorrem as cantadas são na rua  98%, no transporte público  64%, no trabalho  33%, na balada 77% e em lugares públicos: parques, shoppings, cinemas  80%.

Passei um vídeo falando da pesquisa e com depoimento de algumas mulheres falando como se sentem diante desta situação: 

Fiz esse desenho para explicar a diferença entre assédio e elogio também:

Dia Internacional da Síndrome de Down e do Combate a Discriminação Racial

No dia 21 de Março temos dois motivos muito importantes para debater inclusão social e luta para as pessoas portadoras da Síndrome de Down e também uma data de resistência do movimento negro, o dia internacional contra a discriminação racial.

O dia internacional contra a discriminação racial foi criado pela ONU Massacre de Shaperville. Em 1960 na África do Sul, 20.000 pessoas faziam um protesto contra a Lei do Passe que obrigava a população negra a portar um cartão que continha os locais onde era permitida a sua circulação. A manifestação foi pacifica, no entanto, a polícia que cumpria um regime de apartheid abriu fogo sobre a multidão desarmada resultando em 69 mortos e 186 feridos. Em memória a esse massacre, criou-se o Dia Internacional Contra a Discriminação Racial.

O dia Internacional da Síndrome de Down foi criado no dia 21 de Março porque esta data se escreve como 21-3 (ou em outros países 3-21), o que faz alusão a trissomia dos cromossomos das pessoas com Síndrome de Down que tem 21, ao contrario das pessoas não portadoras que possuem 20.

Pensando nestas duas datas tão importantes que existem pra lembrar que ainda existe injustiça social com estas pessoas é que vi a necessidade de trabalhar estes temas com os jovens.

Para falarmos sobre discriminação racial pintamos os rostos de algumas personalidades importantes que lutaram por isso, como Nelson Mandela, Zumbi dos Palmares, Malcon X e Martin Luther King. Os jovens fizeram um descrição explicando quem eram e o que fizeram em vida. 

Ida ao cinema com o Projovem do Coletivo Catru

Hoje fomos ao cinema como parte de um dos eixos temáticos do Projovem é a questão do lazer, decidimos que seria uma boa fazer um passeio juntos, nem todos os jovens foram, mas ainda sim foi proveitoso!

Iriamos assistir o Robocop, mas de ultima hora decidimos ver o filme "Need for speed" por escolha dos próprios jovens. O filme é baseado num jogo de video-game, trata-se de um jogo de corrida que ocorre em lugares inusitados, porém as corridas acontecem de forma ilegal, com carros extremamente estilosos e velozes. Pode ser considerado um filme que se prende muito na adrenalina, no amor pela velocidade e o perigo.

No final das contas tanto o personagem principal que é considerado "mocinho" quanto o vilão que comete sérios crimes vão presos, o mocinho por participar de corridas ilegais e o bandido por ter matado o melhor amigo do mocinho e também participar de corridas ilegais.

Este filme traz, tanto o lado "bom" como o "ruim" se dando mal por fazer coisas erradas, isso é uma forma de trabalhar com os jovens de que, por mais nobre que seja uma coisa que você ama fazer, se for errado você sempre se dá mal no fim!

O "mocinho" vai pra cadeia, cumpre sua pena, e por fim reencontra seus amigos novamente. 

Após o filme tomamos um sorvete e fomos pra casa! Foi bem divertido, ficou com gostinho de quero-mais.